
Apesar dos avisos que se repetem na imprensa especializada cada vez mais cães são oferecidos no Natal (e quem diz cães diz gatos, coelhos, seres vivos, mas neste artigo vamos referir-nos aos cães que são a espécie que mais sofre com a época natalícia).
É no Natal que começam as preparações dos abandonos de verão. Os pais vêm um cãozinho peludo e brincalhão como um peluche e decidem muitas vezes num impulso oferecê-lo aos seus rebentos. Depois, quando o cão começa a crescer e já não tem a graça do inicio e torna-se um empecilho para as férias da família nada como o abandonar na rua, sendo assim a solução mais fácil e mais prática de resolver o problema, embora sabendo que o abandono animal é punido por lei com coima de pelo menos 500 euros.
Em primeiro lugar, quem tem tempo para um cachorro durante os feriados? Os cachorros não são brinquedos mas sim seres vivos que necessitam muito da atenção. E sobre a sua educação e/ou treino? Os primeiros meses da vida de um cão são cruciais.
Por curioso que pareça, a melhor altura para adquirir um cão seria justamente a das férias grandes e não no inverno quando está frio, as crianças estão na escola e o trabalho aperta...No entanto nas férias as pessoas estão predispostas a sair de casa e a economizar e no Natal todo o ambiente predispõe para gastar dinheiro.
Esta situação tem uma lógica muito simples. Sendo os cães adquiridos através de uma medida de impulso e não de uma escolha ponderada, sem dúvida que o grande problema será se deve ou não ter o cão.
Fonte: Adaptado de http://arcadenoe.sapo.pt