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quarta-feira, 11 de março de 2020

COVID-19 – Recomendações da Ordem dos Médicos Veterinários


O novo Coronavírus SARS-CoV-2, agente causal da COVID-19, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, na Cidade de Wuhan, sendo que as pessoas infetadas apresentam sinais e sintomas de infeção respiratória aguda (febre, tosse e dificuldade respiratória). Nos casos mais graves pode originar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência de vários órgãos e morte.
Deve-se ainda ter em conta os seguintes critérios epidemiológicos: história de viagem para áreas com transmissão comunitária ativa ou contacto com um caso confirmado ou provável de infeção por COVID-19 nos 14 dias antes do início dos sintomas ou contacto com profissional de saúde ou pessoa que tenha estado numa instituição de saúde onde são tratados doentes com COVID-19.
O COVID-19 pode transmitir-se através de gotículas respiratórias (partículas superiores a 5 micra), contacto direto com secreções infeciosas e por aerossóis em procedimentos terapêuticos que os produzem (inferiores a 1 micron).
Face à evolução do número de casos que têm vindo a ser confirmados por infeção por COVID-19, em Portugal, a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) decidiu emitir algumas recomendações para auxiliar os Médicos Veterinários no exercício da sua profissão, para além da adoção das medidas preventivas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde, nomeadamente a lavagem frequente das mãos com água e sabão e evitar o contacto próximo com pessoas com infeções respiratórias.
Estando os Médicos Veterinários, no seu dia-a-dia, em contacto direto com os detentores dos animais e assim expostos aos diferentes fatores de risco de contaminação por COVID-19, a OMV aconselha as seguintes medidas a implementar nos CAMV:
•Disponibilizar meios de proteção para o Médico Veterinário, nomeadamente máscaras (que devem ser trocadas a cada duas horas), batas e luvas;
•Lavar cuidadosamente as mãos antes e depois de tratar os animais;
•Após cada consulta limpar e desinfetar, de imediato, todas as superfícies de contacto. Obedecer a todos os procedimentos universais de esterilização e desinfeção;
•Evitar os cumprimentos com beijos ou apertos de mão antes e depois da consulta;
•Durante o tratamento do animal evitar a presença do detentor, exceto se for estritamente necessário;
•No caso do animal se encontrar internado, cabe ao Diretor Clínico decidir a hora da visita, de forma a evitar a acumulação de pessoas no mesmo local;
•Restringir o número de pessoas que acompanham os animais, permitindo apenas a presença de uma na sala de espera. O ideal será o agendamento prévio da consulta, de forma a evitar a acumulação de pessoas no CAMV.
•Disponibilizar solução antisséptica de base alcoólica na sala de espera e consultórios para desinfeção das mãos dos detentores à entrada e saída destas instalações;
•Nas instalações sanitárias do CAMV disponibilizar toalhetes para a secagem das mãos e colocar informação sobre a correta lavagem e higienização das mesmas;
•Os detentores que apresentem sintomas não devem acompanhar o animal, devendo-se disponibilizar um número de telefone para o mesmo contactar com o Médico Veterinário.
O Médico Veterinário deve ainda ponderar bem a participação em reuniões, ações de formação e outros eventos em Portugal e principalmente no estrangeiro.
De acordo com as orientações da Direção Geral de Saúde as empresas/entidades deverão adotar um Plano de Contingência (veja aqui), para resposta ativa a um cenário de infeção pelo COVID-19, pelo que a OMV disponibiliza algumas orientações e procedimentos a adotar pelo CAMV (veja aqui).
Consulte ainda a nova definição de caso emitida pela Direção Geral de Saúde a 04 de março de 2020 (veja aqui).
No que se refere ao contacto com os animais poderá consultar as recomendações da WSAVA aqui.

COVID-19 (novo coronavírus (SARS-COV-2) - Conselhos


Prevenção
  • Lave frequentemente as mãos com água e sabão ou use solução à base de álcool
  • Quando espirrar ou tossir tape o nariz e a boca com o braço
  • Use lenços de papel descartáveis e de utilização única
  • Se regressou de uma área afetada, evite o contacto próximo com outras pessoas

Esteve perto de alguém com COVID-19 e NÃO tem sintomas?
Se NÃO tem febre, tosse ou dificuldade em respirar deve:
  1. Evitar estar próximo de pessoas durante 14 dias
  2. Medir a temperatura 2 vezes por dia

Esteve perto de alguém com COVID-19 e TEM sintomas?
Se TEM febre, tosse ou dificuldade em respirar deve:
  1. Ligar para o SNS 24 – 808 24 24 24 e seguir as orientações dadas
  2. Evitar estar próximo de pessoas

Siga as recomendações e ajude a evitar o contágio!

COVID-19 (novo coronavírus (SARS-COV-2)- Perguntas Frequentes


O que é a COVID-19?

COVID-19 é o nome oficial, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada por um novo coronavírus (SARS-COV-2), que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos em outros países.

O que são os coronavírus?

Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser parecidas a uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia.

Este coronavírus é igual aos outros vírus?

Não. Apesar de se tratar de um novo vírus e ainda não existir um total conhecimento sobre este, sabe-se que é diferente dos outros, apesar de ter alguma semelhança (geneticamente) ao SARS. É necessário mais tempo de investigação para se conseguir apurar todas as suas características e qual o tratamento mais adequado.

Porque foi dado o nome de COVID-19?

A Organização Mundial da Saúde decidiu atribuir um nome que fosse fácil de transmitir e que não indicasse nenhuma localização geográfica, um animal ou grupo de pessoas. O nome, COVID-19, resulta das palavras “corona”, “vírus” e “doença” com indicação do ano em que surgiu (2019).

Qual a diferença entre COVID-19 e SARS-COV-2?

SARS-CoV-2 é o nome do novo coronavírus que foi detetado na China, no final de 2019, e que significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”. A COVID-19 é a doença que é provocada pela infeção do coronavírus SARS-CoV-2.

Quando foi detetada a COVID-19?

A COVID-19 foi detetado no final de dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Qual é a origem da COVID-19?

A origem (fonte da infeção) da COVID-19 é desconhecida e ainda pode estar ativa, segundo as informações publicadas pelas autoridades internacionais.

Quais são os sinais e sintomas?

Os sintomas são semelhantes a uma gripe, como por exemplo:
  • febre
  • tosse
  • falta de ar (dificuldade respiratória)
  • cansaço
Em casos mais graves pode evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e, até mesmo, levar à morte.

Qual é o período de incubação?

O período de incubação estimado da COVID-19 (até ao aparecimento de sintomas) é de 2 a 14 dias, segundo as última informações publicadas.

Como se transmite?

A COVID-19 pode transmitir-se por:
  • gotículas respiratórias
  • contacto direto com secreções infetadas
  • aerossóis em alguns procedimentos terapêuticos que os produzem (por exemplo as nebulizações)

A COVID-19 pode transmitir-se de pessoa a pessoa?

Sim e poderá ocorrer pela proximidade a uma pessoa com COVID-19 através de:
  • gotículas respiratórias – espalham-se quando a pessoa infetada tosse, espirra ou fala, podendo serem inaladas ou pousarem na boca, nariz ou olhos das pessoas que estão próximas
  • contacto das mãos com uma superfície ou objeto infetado com o SARS-CoV-2 e se em seguida existir contacto com a boca, nariz ou olhos pode provocar infeção

Os animais domésticos podem transmitir o coronavírus?

Não. De acordo com informação da Organização Mundial da Saúde, não há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos, tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir a COVID-19.

Em que países é que se detetaram pessoas infetadas?

Esta informação está constantemente a ser atualizada pelas autoridades internacionais e deve ser consultada no site do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças ou na Organização Mundial da Saúde.

Qual é o tratamento?

Atualmente, o tratamento para a COVID-19 é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam. Ainda não existe tratamento específico para esta infeção, segundo a informação publicada.

Os antibióticos são eficazes na prevenção e no tratamento da COVID-19?

Não, os antibióticos não resultam contra vírus, apenas bactérias. A COVID-19 é uma doença provocada por um vírus (SARS-CoV-2) e, como tal, os antibióticos não devem ser usados para a sua prevenção ou tratamento. Não têm resultados e podem contribuir para o aumento das resistências a antibióticos. Existem medidas que ajudam a prevenir a infeção por COVID-19 e também recomendações para os viajantes.

Já aconteceu algum surto com coronavírus em anos anteriores?

Sim. Em anos anteriores foram identificados alguns coronavírus que provocaram surtos e infeções respiratórias graves em humanos. Exemplos disto foram:
  • entre 2002 e 2003 a síndrome respiratória aguda grave (infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV)
  • em 2012 a síndrome respiratória do Médio Oriente (infeção provocada pelo coronavírus MERS-CoV)

Existe vacina para a COVID-19?

Não. Sendo um vírus recente, as investigações ainda estão em curso.

Se ficar em isolamento preventivo pelo COVID-19 sou prejudicado no meu emprego?

Não. Segundo o despacho emitido pelo Governo, se uma pessoa ficar em isolamento preventivo (profilático) devido ao perigo de contágio pelo COVID -19 e faltar, temporariamente, ao seu emprego por ordem da autoridade de saúde está salvaguardada a sua proteção social e os seus direitos.

O que está a ser feito em Portugal para acompanhar a epidemia por COVID-19?

Foi ativado o dispositivo de saúde pública do país para monitorização e vigilância epidemiológica, gestão e comunicação de risco. Das várias atividades desenvolvidas, destacam-se:
  • constituição de uma equipa de peritos/especialistas para dar resposta à epidemia
  • divulgação de comunicados diários
  • organização de conferências de imprensa
  • produção, divulgação e atualização de informação para o cidadão no site da Direção-Geral da Saúde, no SNS 24 e em outras instituições
  • produção e divulgação de materiais informativos para diferentes públicos, incluindo aeroportos, portos, unidades de saúde, escolas e população em geral
  • esclarecimento de dúvidas ou outros pedidos
  • monitorização de redes sociais
  • emissão de orientações técnicas e recomendações para profissionais do sistema de saúde e aeroportos;
  • atualização e validação da informação disponível sobre os casos de doença respiratória aguda pelo novo coronavírus (COVID-19)
  • capacitação do SNS 24 (808 24 24 24) para triagem e encaminhamento de casos suspeitos
  • reforço da linha de apoio ao médico para validação de casos suspeitos
  • articulação permanente com entidades internacionais para adoção de medidas emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e de acordo com a avaliação de risco a nível nacional;
  • repatriamento de cidadãos que residiam ou que visitaram a cidade de Wuhan, província de Hubei, China.

Portugal está preparado para responder a um caso confirmado de COVID-19?

Sim. São várias as medidas que estão implementas e/ou a ser desenvolvidas:
  • divulgação de comunicados diários no site da Direção-Geral da Saúde
  • esclarecimento e/ou triagem através do SNS 24 (808 24 24 24), disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana
  • reforço da Linha de Apoio ao Médico (LAM) da Direção-Geral da Saúde aumentando a sua capacidade de resposta permanente
  • diagnóstico de possíveis casos de infeção pelo laboratório nacional de referência do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
  • garantir a segurança do sangue e derivados, assegurada pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação
  • responder a eventuais casos da doença, nomeadamente no controlo de infeção, transporte de utentes e na correta utilização dos equipamentos de proteção
  • individual garantidos pelos hospitais de referência, assim como pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)
  • fazer a vigilância dos contactos em articulação permanente com instituições/organizações internacionais para adoção de outras medidas, em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças

Como se preparou o SNS 24 para responder a esta epidemia?

Para responder ao surto deste coronavírus, o SNS 24 preparou-se a diferentes níveis:
  • Serviço de Triagem:
    • os algoritmos de triagem clínica foram atualizados para assegurarem um despiste adequado dos casos suspeitos de infeção por este novo coronavírus
    • sempre que necessário são ativados os mecanismos de resposta de casos suspeitos, através do contacto com a linha de apoio ao médico da Direção-Geral da Saúde, onde se encontram médicos que validam, ou não, o caso suspeito
      • em caso de validação do caso suspeito, são seguidas as orientações emitidas pela Direção-Geral da Saúde, nomeadamente, ao nível do transporte, isolamento e diagnóstico do doente
  • Serviço Informativo: